Numa qualquer sala de um Tribunal o advogado de acusação insiste dizendo:
“Recordo-lhe que está sob juramento e para não desrespeitar o Tribunal deve responder usando Sim e/ou Não… assim sendo diga-me:
-Você ainda bate à sua mulher?”
Que vai o homem dizer? Se diz sim, é acusado de maus-tratos e afins, se diz não, está a admitir que já bateu!!!
“Recordo-lhe que está sob juramento e para não desrespeitar o Tribunal deve responder usando Sim e/ou Não… assim sendo diga-me:
-Você ainda bate à sua mulher?”
Que vai o homem dizer? Se diz sim, é acusado de maus-tratos e afins, se diz não, está a admitir que já bateu!!!
Afinal perguntar sempre tem que se lhe diga! E responder ainda mais. Mas afinal, perguntar ofende?
Depende!
Há quem utilize o dom da questão das mais variadas formas, para exacerbar ânimos, para os apaziguar, para responder a outra questão, para afirmar algum ponto de vista, enfim… mas também há quem use a questão e a pergunta para agredir e/ou intimidar de uma ou de outra forma alguém.
O certo é que hoje em dia todos (pelo menos os que têm consciência disso) devemos por de lado a espontaneidade e ponderar muito bem o que se deve ou não dizer, o que se deve ou não perguntar… mas não será isso coação psicológica ou ideológica auto infligidas?
Emocional, racional temos que ter cuidado com o que perguntamos, a quem perguntamos quando perguntamos e acima de tudo como perguntamos, pois estamos numa sociedade cada vez mais “beta”, ou cada vez com maior susceptibilidade ao que nos importa, ou melhor, ao que não nos importa, ou melhor… isso!
Sem comentários:
Enviar um comentário