terça-feira, 17 de julho de 2007

Com a ponta d'uma navalha



A pedido de inúmeras famílias... várias famílias... algumas famílias... poucas famílias, vá, pronto, foram 3 gotinhas. Aqui vai a 1ª entrada do meu 1º blog... Qual Saramago!?






Com a ponta d'uma navalha, essa expressão tão tipicamente transmontana que por aqui vou tentar dissecar.
Sendo esta uma expressão que me remete para a ferramenta em sí, não posso de forma alguma fugir á comparação do canivete tipo Mac Gyver, com 1001 funções, transformando 1 navalha, num alicate, corta unhas, chave de fendas e afins, mas será que isso torna esse afemuseado instrumento é de alguma forma comparável á típica pliqueira?
A minha opinião é que não só se pode comparar, como as funções da "ponta d'uma navalha", mas este instrumento de bolso transmontano é por muitos considerado a ferramenta de eleição, se não veja-se:
Cortar casqueiro, presunto, limpar unhas, ouvidos, apertar um parafuso, tirar a "casca" a uma vara, limpar unhas, raspar tinta, limpar unhas, tirar colas e afins, não sei se já disse limpar unhas, cortar unhas, pelos, cabos fios, enfim, todo um mar de funções que para quem não sabe e para rematar também dá para limpar unhas!!!
A expressão em sí, é de mais difícil análise, pois não é a ponta da navalha, nem desta ou aquela navalha, mas sim a ponta d'uma navalha...
Que nos remete de imediato para uma Pires ou Martins, ou mesmo uma Especiosa!
É este o Testamento que aqueles que trazem nos bolsos, sem excepção, aquelas coisas que cortam manteiga, água e sombras, nos deixam, sendo cada um de nós responsável por imortalizar tal tradição.
Prometo, no entanto discorrer mais aprofundadamente sobre este tema tão pertinente e actual numa outra oportunidade.
Há, não sei se referi que também dão para limpar as unhas!?
Sejam felizes e façam alguém feliz!

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