domingo, 14 de março de 2010

De volta!

Ao que parece e após longa ausência... Estou de volta, desta feita para publicar um post que fiz para o blog da Concelhia da Juventude Socialista de Bragança em:
Este post vem inserido numa série de crónicas semanais promovidas nesse espaço livre e democrático.
Chamo apenas a atenção para algumas limitações de espaço para publicação, pelo que o texto que se segue é apenas um excerto do original que oportunamente será publicado.
Segue o texto com o tema AEC:

Como é sabido, a organização Curricular do 1º Ciclo tem sofrido algumas alterações ao longo do tempo, alterações essas fruto de novos conhecimentos, novos métodos, novas técnicas, novas exigências, novos “tempos” e novas formações entre outros. Prognosticam-se novas alterações relacionadas com o regime de monodocência, com o prolongamento do horário lectivo, com a Autonomia e Gestão Escolar, em suma, com as novas exigências a que a relação entre ensino/gestão/resultados está sujeita numa sociedade plural, globalizada e cada vez mais interdependente.

A falta de formação (mas não só) dos professores do 1º ciclo para serem polivalentes ao ponto de leccionar Matemática, Língua Portuguesa, Estudo do Meio, Expressões Plástica Musical e Dramática e Expressões Físico Motoras, levam à decisão de exclusão de algumas áreas (Curriculares disciplinares) em detrimento daquelas que se considerem preponderantes e “mais necessárias” ao bom desenvolvimento do aluno. Face a estas limitações de tempo, formação, espaços e materiais, a introdução das AEC (Actividades de Enriquecimento Curricular) vem suprir algo que há muito era reclamado por pais, professores e alunos, mas a que custo? É certo que ainda se vêem as AEC como actividades ministradas (não leccionadas) por animadores que vão à escola “ocupar” os alunos por algum tempo… e se me é permitido… é isso que tem vindo a acontecer! Muito por responsabilidade do Legislador, das Escolas, das Câmaras e em último caso, do cidadão!

Hoje em dia, estas AEC são também Actividades de Empobrecimento Curricular, dado que são leccionadas por alguns “acompanhantes” sem formação para o fazer, mas sempre no limite da legalidade a que os subterfúgios da lei já nos habituaram. Quem perde serão sempre os alunos, pois não têm pessoas com formação e competência a ensinar, a instruir como seria salutar.

As AEC serão também Actividades de Enriquecimento dos Compadres, pois como é público, muitas Câmaras promovem estas actividades vendendo-as a empresas cujo objectivo será sempre o “lucro”! Lucro este dividido com as ditas Câmaras! E sejamos sinceros… Qual é o Presidente da Câmara que não se “orgulha” em ter um amigo, um primo, um sobrinho… um “compadre” a trabalhar nestas AEC vulgo “jobs for the boys”? Quem perde?

Assim sendo e desta forma muito resumida, não posso deixar de propor algumas mudanças para que sejam atingidos outros patamares de qualidade do Ensino em Portugal.

1- Fim da monodocência. Os Professores não podem ser excelentes em todas as Áreas Curriculares.

2- Inclusão do Ensino do Inglês, Música e Actividade Física e Desportiva como Áreas Curriculares Disciplinares.

3- Colocação de Professores (e não animadores) em Concurso Nacional.

4- Responsabilização das Escolas pela organização e planificação das actividades.

5- Criação de uma Inspecção efectiva ao nível Municipal (AM) para Educação.

6- Responsabilização das entidades promotoras, concessionárias e empresas em casos de nepotismo, facilitismo e evidente incompetência.

7- Erradicação de todo e qualquer tipo de contrato precário, actualmente usados nos contratos AEC.

Mais importante que criticar, é apresentar soluções, opções, ideias, debater, sempre com o intuito de melhorar o “Statu quo” ou paradigma actual da Educação e a defesa do interesse dos alunos.

*Este texto é apenas um excerto/resumo.

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