segunda-feira, 14 de junho de 2010

Idiotices




Normalmente há exemplos do “senso comum” ou da “boca do povo” que servem para ilustrar o sentido e a definição de Aprendizagem. “Um burro não tropeça na mesma pedra duas vezes”, ou “tem que se bater com a testa na parede para aprender”, são exemplos típicos.


Estranhamente, com tanta sabedoria popular, tanta bibliografia, tantos séculos de sociedade, o ser Humano insiste em bater com a testa na parede, chegando a parecer ostentar a famosa “memória de peixe”.


Não sendo capazes de aprender com o passado, com os erros cometidos onde é que nos podemos agarrar, basear, apoiar na persecução e planificação de um futuro mais ou menos próximo!? Vamos ao bruxo? Vamos ouvir o Velho do Restelo? Ou estaremos condenados a andar ao “sabor do vento” ou ainda, para onde nos “levar a corrente”!?


Nunca fui defensor do que costumo apelidar de “síndrome da canhona”, ou seja, num rebanho, todas as ovelhas seguem o pastor sem discutir nem pensar por si próprias, no entanto… é uma forma de ir vivendo!


Na actualidade, somos confrontados com decisões e opções de vida e políticas entre outras, nas quais deveríamos ter algum tipo de coerência face ao que se nos apresenta, cruzando o que se sabe, com o que se chama “experiência”, com todas as pedras em que já tropeçamos, mas humanamente, não o fazemos… e o pior, é que não o fazemos com orgulho… upsssss! Afinal já há experiência nesse sentido, pois insistimos em estar “orgulhosamente sós”!


Um dos síndromes de “esquerda” tem sido esse mesmo! “Orgulhosamente sós”, não aprender com erros do passado, insistir em ser mais um, ou mais do mesmo! Assim, é necessário repensar temas, prioridades, atitudes, olhar para o futuro mas baseando essa planificação no caminho passado.


Com o aproximar de Eleições Presidenciais, este pensamento fica mais que comprovado, pois atente-se ao número de candidatos “à esquerda” e “à direita”! Na esquerda “orgulhosamente sós” e na direita o consenso, ainda que numa mera possibilidade! Não quero com isto dizer que não vai haver mais candidatos de direita, ou que deveria haver maior consenso de esquerda, quero apenas questionar os métodos e fundamentações das opções tomadas, sendo que mesmo dentro de casa, “à esquerda”, vão-se ganhando hábitos fracturantes, veja-se a questão Soares! Enfim, mais uma vez, a pedra está no caminho e estamos certos que podemos, reitero “podemos” tropeçar de novo nela!


Mas esta questão não se reporta apenas e só às ditas “eleições Presidenciais”, até porque na minha opinião… o Papel dessa figura e “símbolo do País” não passam disso mesmo! Esta problemática também se pode reportar a contextos mais pequenos, de nível local e regional onde se seguem profetas só “porque sim”, ou se criam rupturas “porque sim”. Urge repensar as bases ideológicas que orientam as tomadas de posição, urge repensar a “esquerda”, urge PENSAR!


Se o problema é a falta de alternativas... haja oportunidades!


Se o problema é falta de ideias... haja discussão!


Se o problema é o orgulho... engula-se!

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