quarta-feira, 13 de março de 2013

“Os cagões” (Intelectuais)


“O maior erro que se comete é ter medo de o cometer!”. Esta é uma verdade cada vez mais ligada à atitude da classe política nacional. E medo foi coisa que não faltou ao falecido Hugo Chavez. Será que Portugal precisava que um líder revolucionário? Será que Portugal precisa de uma revolução… sem flores!? Será que a população quer uma revolução para rasgar o “status quo”?

As recentes Greves e Manifestações provam que o Povo está indignado, mas apenas parte do Povo, porque outros estão tão conformados, tão confortáveis, tão mecanizados ou tão bem controlados que qualquer “bater de asas de uma borboleta na China, pode causar uma tempestade do outro lado do Pacífico”! Com isto quero apenas e só dizer, que parte da população está demasiado acomodada ao “triste fado Português” que estas oportunidades são tidas como um desassossego, uma inconveniência ou mesmo uma falta de educação para com os nossos “pastores”.

Não acho que uma Greve só por si venha resolver seja o que for, nem tão pouco uma Manifestação, mesmo apesar destas últimas terem sido monstruosas demonstrações de descontentamento face às políticas seguidas pelos nossos “troikos”. Estes, os nossos “troikos”, que se estão literalmente nas tintas para a opinião do Povo, têm legitimidade que lhes foi conferida no ato Democrático mais nobre que é o Voto, no entanto, não nos devemos esquecer que esse mesmo voto foi conseguido com base em promessas, propostas, programas que não foram, não são, nem serão minimamente cumpridos. Vale a pena relembrar que o Voto não é de quem o recebe, mas de quem o deposita na urna… Adiante…

O nosso Gaspar, respondeu à contestação com os elogios recebidos pelos parceiros Europeus (a quem estamos a pagar rios de dinheiro em juros!). O nosso Coelho considerou as Manifestações um direito, mas que a sua solução é a única, a iluminada, a palavra divina, a verdade inalterável (por isso não queria… mas já quer mais tempo!). O nosso Relvas, respondeu à contestação com um gracioso cantarolar finório, desengonçado e ate desafiante. Como diriam os “Homens da Luta”… E O POVO PÁ!? O Povo? O Povo lá se vai manifestando de forma ordeira, civilizada e até… de forma mansa! Apesar disso, dessas Manifs verdadeiramente soft, qual o meu espanto para com a posição de alguns responsáveis políticos, para com alguns líderes e fazedores de opinião, para com a exacerbada passividade de algumas falanges da nossa Sociedade.

Nesse sentido pergunto-me onde estiveram os Líderes da oposição, o Presidente da República, os gestores das grandes empresas que têm apresentado prejuízos, os que pertencem aos partidos da maioria mas não têm alinhado com esta “ideologia da extorsão”? Onde andam esses que esperam ansiosos que o Poder lhes caia na mão de tão podre!? Não nos podemos esquecer que cada minuto investido em deixar apodrecer o Poder para este cair, há uma nova família que vê também apodrecer a sua qualidade de vida.

Confesso que é esse último fator que mais me preocupa, ao contrário de alguns (muitos) responsáveis que continuam e insistem mais em defender a sua capelinha e porque não o seu “estatutozinho”, do que defender os interesses de quem “mais ordena”. Afirmo que fico néscio, quando oiço ou leio comentário do calibre seguinte: “Não fomos nós que convocamos a Manifestação, por isso não participamos”! Mas que insipiência intelectual é esta? Concordam que “a coisa” está mal e segue um rumo suicidário, mas como não foi este ou aquele “pai político” (não disse ideológico) a convocar o protesto ou a Manif… Não participam! Pura ignorância, pura afronta à inteligência do Povo, pura manifestação de “cordeirismo” e mais uma acha na fogueira que arde no sentido de colocar a Democracia (pouco) Representativa na reforma! É conveniente relembrar que quem coloca este pessoal no “poleiro” continua a ser o Povo, que já não se revê no “Menu” que lhes é apresentado.

Em forma de remate final… Quantos manifestantes houve lá para os lados de Bragança?

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