quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Como se "fabrica" um candidato!?

Neste período “quase” pré-eleitoral que estamos a viver, somos confrontados com especulações, suposições, panoramas e outros mexericos que tal.
Se é certo que os “independentes” estão na moda, os partidos políticos também devem estar, pois vemos por aí cada vez mais políticos de ocasião (eu também devo ser um desses políticos de fim de semana!!! He he he), no entanto, será sempre certo que os partidos políticos, são mais uma forma de fiscalização à acção do político em si! Adiante…

Dado que a vida politica para alguns é atractiva, pois está envolvida em mediatismo, ordenados chorudos, para outros essa vida política não desperta qualquer tipo de motivação, dado que é uma vida rodeada de stress, decisões difíceis, pressões de lobbies, posicionamentos contra maiorias diversas… e é com isso que os partidos políticos têm que trabalhar e “pescar gente” para os seus quadros, para as suas listas, para o seu seio e bases!

Os candidatos dos partidos políticos ou de movimentos de cidadãos podem ser classificados como de ideologia próxima ao partido, simpatizantes, de quadrantes políticos diferentes, dos quadros dos partidos, de organizações mais ou menos próximos aos partidos, pessoas populares, pessoas trabalhadoras, pessoas influentes… é certo que há mais classificações possíveis, mas a "padaria" política tem sempre mais uma forma de amassar um candidato, ou um pseudo-independente tem sempre mais uma forma de persuadir este ou aquele “Zé”.~

Entrando mais propriamente no tema… “Como é que se pesca um Zé”?
Um “Zé” pode ser pescado com falinhas mansas, com lavagens ao cérebro, convencendo-o que ele é a pessoa ideal, que tem o perfil adequado, que é uma pessoa importante…
Um “Zé” também pode ser pescado com promessas de uma vida melhor, com promessas de que a vontade dele vai ser ouvida…
Um “Zé” pode ser pescado com negociações, por exemplo, deixas de ser varredor e se fores candidato, passas a ser chefe de varredores.
Um “Zé” pode ser fabricado colocando-o à frente de câmaras e microfones, dando-lhe popularidade.
Um “Zé” pode ser fabricado dando-lhe a oportunidade de aprender com os “Zés Maiores”.
Um “Zé” pode ser fabricado moldando-o aos ideais de quem o fabrica, para cumprir interesses e participar no teatro.
E sempre há o “Zé” que é filho ou sobrinho de outro “Zé”, ou já “antigamente” foi um “Zé Maior” e não havendo mais ninguém…

Mas…
Nem só de formas menos correctas se encontram candidatos para as mais diversas funções e cargos…
Há sempre pessoas de valor reconhecido, pessoas com vontade de trabalhar, pessoas com capacidade de trabalho, capacidade de liderança, pessoas com ideias novas e inovação, pessoas com poder oratório, pessoas pessoas, pessoas com provas dadas, pessoas com carreiras reconhecidas, carolas, pessoas ligadas às máquinas partidárias (há mais de 2 dias!), pessoas com ideologia (!), pessoas capazes de defender causas… enfim…

Quero apenas dizer que compreendo as dificuldades de movimentos e partidos no recrutamento de alguns candidatos, dadas as circunstâncias actuais, no entanto, o contexto deve ser sempre tido em conta, bem como o trabalho desenvolvido, ou seja, na minha opinião, seja qual for o movimento ou partido, os critérios de “seriação” dos potenciais candidatos, está neste momento obsoleto e urge uma rápida reflexão no sentido de alterar o objectivo e objecto da política actual.
... PS: em construção!

Sem comentários: