sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Fecho-me em mim


Fecho-me em mim. Fecho-me num grito silencioso que só eu consigo ouvir para além das grades que me prendem fechado nos vícios e rituais diários.


Fecho-me em mim e espero pelo dia, esse dia em que me possa libertar de mim e assim poder prender-me aquilo que quero.


Fecho-me em mim cansado, tão cansado de ter asas de cera, armadura de pau e vontade de voar, sim cansado de ter vontade de voar, voar para longe e para aí… bem pertinho…


Será esse o dia em que posso encontrar a vontade de ter vontade?
Vontade de voltar para a armadura que tenho e não tenho, que me protege nos caminhos que trilho sozinho e despido de qualquer sentimento… ou vontade!
Olho para o lado e constato que nunca me ri tanto, nunca tive tanta vontade de rir… Nunca tive tantas razões para não sorrir o sorriso de quem se ri por rir… E fecho-me, fecho-me em mim cada vez com menos espaço e com demasiado espaço livre…


Fecho-me em mim e espero pela vontade de me libertar…


Isto? Isto é poesia, existe, é triste e não é fado! Apenas umas letras virtualmente “pixelizadas” que exprimem e espremem a vontade de…

Mim!

2 comentários:

Anónimo disse...

Mais um dia!!! ;-)
Beijinho....

Corduroy disse...

Espero que não te feches em demasia, pois queremos.te no jantar da Ceita no dia 20 de Dezembro. ;)

Abraço.