sexta-feira, 1 de junho de 2007

Sindicatos, Greves e tretas


Um dia após a chamada “greve nacional”, venho por aqui explanar a minha posição acerca da questão. Se a greve é Nacional deve ser porque é realizada em Portugal, não é? Quanto a ser greve geral, tenho as minhas dúvidas, pois o Governo aponta para uma adesão a rondar os 7%, a “entidade promotora” aponta para 80%, mas um outro sindicato aponta para 14%... eu também aponto, e aponto para uma treta!
A greve, na minha opinião pode e deve ser usada como instrumento de protesto, mas um instrumento de protesto em última instância. O que me apercebo, é que ao ver essa última arma é usada como arma prioritária, existe marasmo de ideias para a luta social…
Como diria a caricatura de Marcelo R. de Sousa protagonizada pelos Gato Fedorento posso dizer que:
A greve pode-se fazer? Pode.
Mas se tiver razão de ser? Pois.
Mas não teve? Não.
Mas fez-se? Pois!
Quando um sindicato se manifesta contra uma greve de outro sindicato alguma coisa anda mal por terras de sua majestade!
Sindicatos… organizações sociais de defesa dos direitos dos trabalhadores, em que quem defende os pobres desempregados são aqueles senhores de fato “Hugo Boss”… sim, aqueles senhores que gastam tanto dinheiro num fato, como os que defendem ganham num ano…
Assim sendo, vejo os sindicatos como um mal menor, ou mesmo, como um partido político, daqueles que sem ser partido político, fazem o que um partido político faria se não fosse partido político… Fui explícito?
Também tenho que me manifestar contra os meus colegas, que trabalhando há 10 ou 11 anos num sindicato, vêm o seu tempo de serviço crescer, vêm as suas carreiras progredir, sem dar uma única hora de aulas… não será isso um “tacho” político? Ainda que, verdade seja dita, dão sempre jeito no preenchimento da papelada burocrática… ao menos isso!

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