
A minha casa está a arder, está a ser consumida por chamas que água alguma pode apagar…
Arde e vai-se consumindo, minuto após minuto, a cada hora, a cada dia!
Consome-se e reduz a mobília a cinza, cama a pó, até aquele par de sapatos velhos estão desfeitos, desfigurados, destroçados por um poder maior.
Arde e vai-se consumindo, minuto após minuto, a cada hora, a cada dia!
Consome-se e reduz a mobília a cinza, cama a pó, até aquele par de sapatos velhos estão desfeitos, desfigurados, destroçados por um poder maior.
Água… água… água por favor!
Água para poder salvar o pouco que ainda me resta neste lar em que vivo… neste lar em todos e cada um vivemos…
Água…
É tarde! Tarde demais… inventem algo que me devolva os meus velhos sapatos de domingo! Inventem depressa que amanhã posso e vou precisar deles…
Doce agonia essa de saber que amanhã preciso de sapatos, desses sapatos sem sequer saber como será esse amanhã… sem saber como será o que falta de hoje… sem saber como sair ileso desta casa em chamas!
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